Nesta sexta-feira (17), depois de horas de reunião no gabinete de Benjamin Netanyahu, o governo do país deu o último aval necessário para o cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.
A proposta havia sido aprovada mais cedo, pelo gabinete de segurança do primeiro-ministro por 11 votos. Agora, os 33 integrantes do governo votaram.
Dois ministros se posicionaram contra o cessar-fogo, o ministro da Segurança-Nacional, e o das Finanças, representantes da ala mais à direita do governo, favorável à permanência das tropas israelenses em Gaza.
O cessar-fogo será colocado em prática em três fases, e entra em vigor amanhã (19), com a libertação de reféns israelenses e estrangeiros em troca de prisioneiros palestinos. A primeira fase terá duração de seis semanas. Em uma segunda fase, o acordo prevê a libertação de outros prisioneiros, a saída militar de Israel, e, em uma última fase, a reconstrução da Faixa de Gaza.
Em entrevista exclusiva com a BandNews TV, o professor de Relações Internacionais, Sidney Leite, ressaltou a importância do acordo: “O cessar-fogo em qualquer guerra é um primeiro passo em direção a uma paz permanente por mais longínqua que esteja”, afirmou Sidney.
“O retorno da população de Gaza, que está comprimida em abrigos provisórios com pouquíssima assistência e que, a partir de amanhã, segundo o que sabemos do acordo, vai poder retornar ao que sobrou de suas casas”, completou o professor.